quarta-feira, fevereiro 12, 2014

VOCAÇÃO E CONSAGRAÇÃO

VOCAÇÃO E CONSAGRAÇÃO
Quero compartilhar algumas questões para reflexão sobre vocação e sobre consagração ao Ministério da Palavra de Deus. Alguns desses aplico em meu ministério.

1. É muito agradável saber que a nossa região está muito bem servida de pessoas que estão sendo chamadas para o Ministério. Jesus ensinou que a Seara é grande é são poucos os ceifeiros e deveria rogar ao Senhor da Seara.
Uma ênfase que sempre dou em ministério é a vocação ministerial. Graças a Deus com isso. Hoje são três seminaristas de Teologia.

2. Os nossos seminaristas são acompanhados. Além do estágio do currículo do Seminário, eles têm o compromisso de preencherem mensalmente o estágio supervisionado pela Igreja. Temos reuniões e são tratados como pérolas do Senhor. Ajudados espiritualmente, academicamente e financeiramente.

3. É preciso que a Igreja, o pastor tenha bastante cautela, cuidado e bom senso para encaminhar o vocacionado para o Seminário.
Pra mim o chamado precisa passar em três testes. Primeiro é a experiência subjetiva. É aquilo que ninguém explica e às vezes o próprio também não sabe explicar. É algo sobrenatural. É de Deus. Mas só isso não basta. Segundo, é preciso que tenha o testemunho da Igreja. A vocação se dá no seio da Igreja. No lugar em que ele está servindo ao Senhor. A Igreja precisa reconhecer a vocação do mesmo. Terceiro, entendo que ele tem que passar pelo teste bíblico. É preciso que o futuro pastor tenha as qualidades e requisitos prescritos pelas Escrituras Sagradas. Se ainda não tem de maneira inteira, mas é perceptível  nele a presença dessas qualidades, ou como fruto já amadurecido ou então como semente a ser desenvolvida. Precisamos ter muito cuidado hoje porque a facilidade de encontrar Seminários e o marketing às vezes facilita que um aventureiro adentre nessa carreira.

4. Entendo colegas, que quando pensamos como Igreja ou região no despertamento de vocações e de Instituições, precisamos criar oportunidades para os chamados. É Deus quem chama. Ele dirige, mas precisamos entender que vocação e plantação de Igrejas e criação de ministérios andam de mãos dadas. Hoje somos em nossa  reunião aproximadamente 120 pastores, mais algumas dezenas de seminaristas. Precisamos expandir, crescer e desenvolver. Seja com plantação de Igreja, seja com novos ministérios agregados à Igreja.

5. O candidato depois de passar  pelo Seminário precisa de mais preparo ainda. Alguns dizem. Já fez o Seminário, não precisa nem de Concílio! Engano. Por isso que não vivemos crise de vocação, mas vivemos crise de preparo e coerência no ministério. Alguns entram pela janela!
Como pastor tenho usado os seguintes critérios e orientações para consagração ao Ministério. Terminado o curso o candidato fica um período, no mínimo um ano, trabalhando. É preciso que apague um pouco toda empolgação do término do curso. É o teste comprobatório quando termina o curso. É preciso trabalhar a ansiedade. A dependência de Deus. Depois, se for o caso, o candidato prepara um material intitulado: Minhas Convicções Teológicas. Depois então é encaminhado à ORDEM.  Nunca atropelei o processo de encaminhar para ORDEM ou Comissão. Depois então de tudo aprovado pelos  colegas pastores é que levo a Igreja a convocar o Concílio. A data é marcada por mim. Não é pela Igreja que o candidato é membro ou pela Igreja que convida, enfim. Sou do tempo em que a convocação era feita por cartas, publicação no Escudeiro e no Jornal Batista. Ainda procedo dessa forma. Toda denominação fica ciente. Todos os pastores do Brasil são oficialmente convocados. Não deixo envelopes e nem carta nas mãos do candidato. Não é de competência de ele fazer isso.
O candidato não pode por hipótese alguma ter pendência em sua vida cristã. Como foi o relacionamento dele com seus pastores? Participou de algum processo de saída do pastor de forma traumática? Participou de algum "movimento" para tirar pastor? Era contra o ministério? Era contra o sustento ministerial? Enfim, tudo isso precisa ficar bem esclarecido e resolvido.
Lamento profundamente que hoje, nesse universo enorme em que vivemos, de Igrejas, vocacionados, etc. ao invés de sermos mais zelosos, tem havido por parte de alguns, “frouxidão”. Lamento! Há casos de candidato receber orientações da comissão  de acompanhamento e outros informações e se rebelar e ir para outro campo para ser consagrado. E infelizmente o é. Depois retorna para o campo em que não acatou as sugestões e orientações procurando encontrar apoio e oportunidade. Lamentável. Não há reparo no erro. Não há um entendimento. Temos que viver com essas  IDIOSSINCRASIAS religiosas. Infelizmente há esquizofrenia denominacional alimentada por esquizofrenia de candidatos que são “pseudo chamados”.
6. Os pastores que dignamente são consagrados. Que entram pela porta e não pela janela, esses merecem todo nosso respeito e consideração. Os pastores precisam ser trados com respeito e dignidade. Não deve haver lugar para um tratamento desonroso aos colegas. Não importa a idade de vida e não importa o tempo de ministério. É preciso que haja sempre o respeito pelo ministério que o outro realiza. Deus nos deu ministérios diferentes, visão diferente. O estilo de ministério, a maneira de cumprir a missão e a tarefa de cada um pode ser diferente. A natureza do ministério não é diferente, mas a maneira de desenvolver é. Não podemos ver o ministério pastoral sob o aspecto da concorrência. Alguns às vezes acham que estamos no ministério para concorrer com o outro em isso não é verdade. A importância do pastor e do ministério é igual.
Continuemos zelosos no cumprimento de nossa tarefa e trabalhemos com afinco para deixarmos um bom legado de ensino àqueles que nos sucederão para que os de hoje e os do futuro sejam pastores de fato e de verdade e não apenas de título.

Abraço a todos.


Pr. Hudson  Galdino

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