PARA
QUE SERVEM AS FÉRIAS DO PASTOR ?
Geralmente o início do ano
é o período que os pastores tiram férias. Retornando das minhas, resolvi
compartilhar o que penso sobre férias e seus desdobramentos com o intuito de
trazer à tona uma reflexão sobre o assunto baseado no que penso e no que
pratico.
1.
Penso que o pastor deve sempre tirar férias.
Há pastores que se gabam
de nunca terem tirado férias, ou de estar há muitos anos sem fazê-lo. Como se
isso fosse alguma vantagem. Não é. Existem alguns até que sugerem à Igreja
receberem férias em dinheiro. Absurdo! Alguns acumulam férias e quando deixam a
Igreja querem receber tudo em dinheiro. Absurdo!
Férias é um prêmio, uma
concessão que a Igreja dá ao pastor e que este deve aproveitar esse momento
depois de um ano de trabalho. Sou da opinião que o pastor que não tira férias
deveria perder esse privilégio tido como retroativo ou acumulado. É sempre bom
lembrar que não existe vínculo empregatício entre pastor e Igreja.
Particularmente obtenho os
trinta dias concedidos pela Igreja ininterruptamente. O meu tipo não se adéqua
em tirar 10 dias, ou 15 dias de férias.
2.
Penso que o pastor deve sempre que
possível harmonizar suas férias com as da esposa e filhos.
Sempre saio de férias no
mês de janeiro. Sempre foi o período conveniente devido às férias escolares e
por entender que seria bom sair no início do ano e depois então ter todo o ano
pela frente para o trabalho. No meu caso, sempre foi bom fisicamente e
emocionalmente tirar no início do ano e assim tenho feito. Há muitos anos
atrás, aproximadamente uns 15, um líder da Igreja me questionou e queria
sugerir que eu saísse de férias em outro período do ano. Alegava que em janeiro
a cidade está cheia de pessoas e a Igreja fica lotada de visitantes de outras
Igrejas, de outras cidades. Respondi simplesmente que eu não era pastor dos
turistas crentes de outras Igrejas. O assunto terminou ali e nunca mais foi
cogitado. Há pastores que tiram férias em período em que a esposa está
trabalhando ou que os filhos ainda estão estudando
3.
Penso que o pastor deve sempre lembrar que não é só ele que precisa de férias.
A esposa e filhos também precisam, e até mesmo a Igreja.
Aqueles que estão ao nosso
redor precisam que nós tiremos férias. Os que mais sentem são de nossa casa.
Mas também a própria Igreja precisa de novos ares. Esse período de ausência
nossa da Igreja faz bem a Igreja. A Igreja precisa viver um momento sem a nossa
presença.
Mas alguns acham que são
insubstituíveis. Outros acham que as coisas não funcionarão. Alguns têm até
mesmo receio que outros assumam a liderança. Sei de colegas que saem de férias,
mas no dia da sessão retornam para presidir a assembléia.
4.
Penso que o pastor precisa entender a natureza das férias. Férias
não é só se ausentar da Igreja que ele pastoreia. Féria verdadeira é quando o
trabalhador se ausenta das suas atividades pastorais e de todo ambiente
eclesiástico.
Confesso que me admiro que
muitos colegas que compartilham que em suas férias fizeram: Plano de pregação
para pregar em Igrejas de outros colegas em outras cidades e alguns que admitem
que em suas férias visitam outras Igrejas para saber o que está acontecendo em
outras Igrejas e outros ministérios. Alguns com a finalidade de obterem novas
idéias, aprendizado e outros com a finalidade de fazer comparação. Certa
ocasião um pastor disse. “Aproveito sempre as férias para saber como estão
outros ministérios e comparara com o meu”. Desculpem a expressão, mas tolice.
Primeiro que não exercemos ministério para fazer comparações. A natureza do
ministério impõe o conhecimento de que todo ministério é honroso e é honrado,
independentemente de situações, pseudo crescimento ou verdadeiro crescimento.
Segundo, não realizamos o ministério para sermos imitadores. Trocamos idéias,
crescemos no aprendizado e no compartihar, mas colega, não se sinta pressionado
para fazer o que outros estão fazendo simplesmente por sentir pressionado pelo
meio. Paulo disse a Timóteo: “Cumpre o
teu ministério”.
Se um colega pastor tem
necessidade, vê como algo importante conhecer outros ministérios, mas não se
conhece visitando num domingo apenas, deveria colocar em seu planejamento ao
longo do ano essa proposta.
Amado, pra mim, férias é
um momento especial de descanso. O pastor deveria se esforçar para se desligar
de tudo que esteja relacionado ao seu ministério e Igreja. Saio de férias e só
leio livro que seja de assunto não religioso. Mantenho minha vida devocional,
mas não freqüento nenhum culto (Não se escandalize). Dou-me o direito de aos
domingos poder fazer o que não faço ao longo de todo o ano. Acordar e levantar
às 9:00h ou às 10:00h. É muito bom! Ir aos cultos fará lembrar-me de coisas da
”minha Igreja”. Não devo. Não preciso. Preciso descansar de tudo que me envolve
outros 11 meses.
Não faço planejamento
ministerial, de pregação, etc., durante as férias. Procuro mudar totalmente o
foco. Aliás, já há muitos anos faço o seguinte. Retorno das férias e não prego
na primeira semana ou nos primeiros domingos. Este ano, neste primeiro mês,
tenho pregadores para todas as quintas e alguns domingos. Retornei às
atividades. Tenho várias reuniões marcadas, visitas, atendimento e estou
ajustando meu planejamento pessoal e pastoral que iniciei em 2013.
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